Profissão que impulsiona o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade do país, tem na UEM uma referência nacional na formação acadêmica
O profissional da Engenharia Agronômica desempenha papel fundamental para o desenvolvimento do país num contexto onde o agronegócio movimenta a economia do Brasil, respondendo por quase 30% do PIB brasileiro, além de ser a força motora das exportações, estando o país entre os principais produtores e exportadores de soja, milho, café, laranja, carne de boi, frango e suínos e dos subprodutos da cana-de-açúcar, entre outros.
COMEMORAÇÃO – A atuação do engenheiro agrônomo vai desde a pesquisa e o ensino até a disseminação das informações, fazendo chegar todo conhecimento e novas tecnologias ao produtor rural, levando modernizando e implementando a produção no campo de forma ambientalmente responsável. No dia 12 de outubro, data que marca a regulamentação da profissão no país, comemora-se o dia do engenheiro agrônomo, que este ano tem muitos motivos para festejar, com os 45 anos do curso de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e os 53 anos da Associação Maringaense dos Engenheiros Agrônomos (AMEA).
RANKING – Dentre os mais de 500 cursos de Agronomia que existem no Brasil, o da UEM está entre os dez melhores nos principais rankings. Os programas de pós graduação também se destacam, sendo classificados entre os 20 melhores dentre os 240 existentes no Brasil. Desde a criação do curso de graduação, ocorrido em 10 de junho de 1977, já se formaram cerca de 2.400 engenheiros agrônomos na UEM, profissionais que atuam nas diversas áreas das cadeias produtivas que envolvem a produção agropecuária, além de exercerem atividades em instituições de pesquisa, ensino médio, de graduação e pós-graduação tanto no setor público como no privado, em todo território nacional e também no exterior.
EX-ALUNOS – Dentre os ex-alunos estão presidentes de cooperativas e de empresas, como Gervasio Kamitami, da Cooperativa Copasul, do Mato Grosso do Sul, Jorge Karl, presidente da Cooperativa Agrária, de Guarapuava, Marcos Antonio Trintinalha, presidente da Cooperativa Cocari, de Mandaguari, Odacir Antonio Zanatta, reitor do Instituto Federal do Paraná, Odílio Balbinotti Filho, presidente da Attos Sementes, o cooperado Cleber Veroneze Filho, do Conselho de Administração da Cocamar, Luciano Ferreira Lopes, diretor vice-presidente e André Carlos Garcia Vilhegas, presidente, ambos da Unicampo, Renato Watanabe, Gerente Executivo Técnico da Cocamar, Paulo Milagres, chefe do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná) local e presidente da AMEA, José Antônio Borghi, presidente do Sindicato Rural Maringá, Arquimedes Alexandrino, superintendente da Cocamar Máquinas, entre outros.
DECISIVO – Para o engenheiro agrônomo José Antônio Borghi, presidente do Sindicato Rural Maringá, a criação do curso de Agronomia foi um momento histórico. “Toda região e o Estado ainda sofriam os efeitos da grande geada de 1975 que dizimou o cafezal no Paraná e havia grandes expectativas com relação as mudanças que iam ocorrer e quais as alternativas que haveria para os produtores e a economia. Como terceiro curso de Agronomia no Estado, colaborou muito para esta mudança. Trouxe conhecimento, pesquisa e inovação para a região de Maringá e para todo estado”, afirma.
VALORIZAÇÃO – Na época, Borghi tinha uns 16 anos e já tinha o propósito de fazer Agronomia. A criação do curso possibilitou realizar seu sonho. “Hoje vemos muitos profissionais qualificados e em posições de liderança que saíram da UEM, que ajudam na tecnificação, modernização da agricultura e transformação econômica da região. Tenho orgulho de participar da história de um dos principais cursos do país, cuja qualidade de ensino faz com que os profissionais formados na UEM sejam cada vez mais valorizados, levando conhecimento para todo o Brasil e outros países. Parabéns a todos que contribuíram para a criação e consolidação do curso, que mobilizou toda sociedade para concretizar o projeto”, ressalta o presidente do Sindicato Rural de Maringá.
FORMAÇÃO – Desde a sua criação, o projeto pedagógico do curso de Agronomia tem sido alterado e atualizado com o objetivo de adequá-lo às atuais demandas da sociedade, visando uma melhor qualificação e atuação do futuro profissional. “O curso de Agronomia não se limita a transmissão de conhecimento técnico, mas busca aplicação no mercado, por isso nossas parcerias com empresas e cooperativas, buscando resolver problemas técnicos, visando a melhor formação profissional. E a atuação e liderança dos ex-alunos reflete a qualidade do curso”, afirma William Mário de Carvalho Nunes, professor do curso de Agronomia, ele próprio um ex-aluno da UEM. “Tenho uma parceria de 42 anos com a UEM. Estudei Agronomia, fiquei dois anos fora, voltei trabalhando em um programa de melhoramento de stevia e desde 1988 atuo como professor do curso”.
PARCERIA – Exemplo deste trabalho conjunto entre a academia e o mercado corporativo, a Cocamar e a UEM contam com diversas parcerias de capacitação da equipe técnica da cooperativa, validação de novas tecnologias e trabalhos em conjunto nas UDTs e em trabalhos de conclusão de mestrados e doutorados. além de realizarem grandes eventos técnicos em conjunto. Agora, segundo o engenheiro agrônomo Renato Watanabe, Gerente Executivo Técnico da Cocamar, está sendo finalizada uma parceria que vai abrir mais oportunidades para os estudantes de Agronomia, um convênio de estágio com remuneração para os estudantes que estão concluindo o curso. “Para mim, a universidade proporcionou uma experiência única de convivência com pessoas distintas, vindas de todas as regiões, que muito me enriqueceu como profissional e como pessoa, sem falar na qualidade de ensino e na credibilidade dos professores que faz da UEM uma promotora de desenvolvimento regional, trabalhando sempre próxima a comunidade”, diz Renato.
CORPO DOCENTE – Atualmente, o Departamento de Agronomia da UEM conta com 47 docentes, todos com o título de doutor (7 com pós-doutorado no Brasil, Estados Unidos, França e Canadá). Dos 47 docentes, 12 são docentes temporários. Todos os professores efetivos possuem o regime de trabalho de Tempo Integral e Dedicação Exclusiva. Além da docência, os professores atuam nas áreas de pesquisa, ensino e extensão, como também na administração do Centro de Ciências Agrárias. O Programa de Pós-Graduação em Agronomia da UEM oferece Mestrado e Doutorado desde 1995 e 1999, respectivamente, e está incluído no grupo de excelência de programas de pós-graduação no Brasil. Atualmente, encontram-se matriculados 431 alunos de Agronomia no campus sede.
ORGULHO – Formado em 1991 pela UEM, o engenheiro agrônomo Paulo Milagres, chefe do IDR-Paraná local e presidente da AMEA, diz ser uma grande satisfação pertencer ao quadro de ex-alunos da UEM, tanto que fez questão que os filhos trilhassem o mesmo caminho: a filha Bruna é formanda em Agronomia, tendo sido diretora do Agro Junior e presidente do Crea Junior, representando mais de 140 mil estudantes de engenharia no Estado, e o filho Rafael está no segundo ano de Agronomia. “Não é só um dos melhores cursos da UEM, com muitas áreas de atuação e oportunidades profissionais, mas que também se destaca em todo o país como um dos melhores pelo nível dos professores e a qualidade do ensino”, enfatiza.
FESTIVIDADES – Como forma de valorizar o profissional e os 45 anos do curso de Agronomia, a UEM realiza uma semana de atividades, de 10 a 15 de outubro, que conta com apresentação da Linha do Tempo da criação do curso, inauguração da galeria de fotos dos professores e lançamento da revista 45 anos da Agronomia, além de jantar festivo, plantio de árvore no pátio dos blocos, churrasco com os alunos da Agronomia e a programação técnica, com a 2ª Semana Integrada da Agronomia, tendo como temática central a cultura da cana-de açúcar, em conjunto com 39º Ciclo de Debates Agronômicos de Maringá, a 17ª Mostra de Trabalhos Científicos em Agronomia, o 14º Simpósio de Grandes Culturas e a primeira edição do Encontro de Empreendedores Juniores e do AgroShow-UEM.
EXCELÊNCIA – “Desde que ficamos sabendo das festividades, de pronto nos identificamos com o tema e com a proposta, procurando conhecer os detalhes da festividade, sendo a minha turma, de 1987, uma das primeiras a apoiar e promover o evento”, comenta o engenheiro agrônomo Luciano Ferreira Lopes, diretor vice-presidente da Unicampo, que por valorizar a qualidade da formação na UEM, voltou para fazer pós-graduação pela instituição. “Temos que mostrar à sociedade a excelência do curso e a importância do profissional de Engenharia Agronômica para o desenvolvimento regional e a economia do país”, comenta. Para o engenheiro agrônomo André Carlos Garcia Vilhegas, presidente da Unicampo, que fez o curso em 1988 e o mestrado em 1995, participando da primeira turma,a festa dos 45 anos da UEM é uma oportunidade de rever amigos e se confraternizar. “A UEM é referência nacional no curso de Agronomia, sendo bem conceituada pela qualidade dos profissionais que se formaram lá e eu tive a oportunidade de fazer parte dessa história”, finaliza.