Na carne suína, o volume exportado nos onze meses de 2022 supera 1 milhão de toneladas, já as de frango, a receita mensal cresce 29,1% na comparação com o mesmo período de 2021; no mesmo período, volume exportado aumentou 12,2%.
As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 93,4 mil toneladas em novembro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 17,8% o total registrado no mesmo período no ano passado, com 79,3 mil toneladas.
Em receita, a alta é ainda mais expressiva, com crescimento de 35,1%, com total de US$ 230,5 milhões em novembro deste ano, contra US$ 170,6 milhões registrados no décimo primeiro mês de 2021.
No acumulado do ano (janeiro a novembro), o volume exportado chegou a 1,017 milhão de toneladas, número 2,8% menor que o registrado entre janeiro e novembro de 2021, com 1,047 milhão de toneladas.
Em receita, o resultado das exportações no ano alcançou US$ 2,319 bilhões, número 5,3% menor que o registrado em 2021, com US$ 2,449 bilhões.
O presidente da ABPA, Ricardo Santin, detalha que a média de exportações registradas no segundo semestre chegou a 101,4 mil toneladas, superando os patamares registrados no mesmo período de 2021, de 95,7 mil toneladas.
“Em todo o histórico da suinocultura de exportação, não há um semestre com desempenho tão expressivo quanto o registrado neste final de ano. O mercado internacional está demandando produtos brasileiros. Este quadro permitiu ao setor recuperar forças e embarcar volumes acumulados em 2022 muito próximos ao que vimos no ano passado, quando registramos recordes de exportações. São divisas fundamentais para a indústria e o País, em um momento de recuperação econômica, tendo em vista que o setor ainda não superou os impactos das altas dos custos de produção”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Considerando apenas o mês de novembro, a China, principal destino das exportações brasileiras de carne suína, incrementou suas compras em 95% em relação ao mesmo período do ano passado, com total de 42,8 mil toneladas. Assumindo pela primeira vez o segundo lugar nas exportações brasileiras, o Chile importou 7,7 mil toneladas (+53%).
“Temos expectativas positivas sobre o fechamento deste ano, e espera-se impactos ainda mais positivos com a abertura dos mercados do México e do Canadá, dois dos maiores importadores de carne suína do planeta, que neste ano abriram suas portas para o produto brasileiro”, completa o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.
CARNE DE FRANGO
As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 375,6 mil toneladas em novembro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 12,2% o total embarcado no décimo primeiro mês de 2021, com 334,7 mil toneladas.
Em receita, as vendas de carne de frango de novembro totalizaram US$ 781,3 milhões, número 29,1% maior que o realizado no mesmo período de 2021, com US$ 605,3 milhões.
No acumulado do ano (janeiro a novembro), as exportações brasileiras de carne de frango alcançaram 4,436 milhões de toneladas, volume 5,6% maior que o embarcado nos onze primeiros meses de 2021, com 4,198 milhões de toneladas.
A receita acumulada pelo setor no ano chegou a US$ 8,976 bilhões, número que supera em 29,3% os números registrados entre janeiro e novembro de 2021, com US$ 6,944 bilhões.
“Apesar do desempenho positivo alcançado em outubro, eram esperados números ainda mais expressivos. Entretanto, os efeitos logísticos gerados pelos deslizamentos em rodovias do Paraná e as dificuldades climáticas para a entrada de navios nos Portos de Paranaguá e Itajaí impactaram o desempenho das exportações no mês. Com a normalização das atividades nos portos, o volume que não foi embarcado em novembro deverá refletir positivamente o desempenho das exportações em dezembro”, detalha o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
No levantamento por País, a China, maior importadora da carne de frango do Brasil, importou 40,3 mil toneladas em novembro (1,4% a mais que o embarcado no mesmo período de 2021). Outros destaques foram a África do Sul, com 27,8 mil toneladas (+21,9%), Arábia Saudita, com 24,6 mil toneladas (+28,9%) e União Europeia, com 18,1 mil toneladas (+17,6%).
“Outros mercados da Europa, Ásia e Oriente Médio reforçaram suas compras do Brasil neste mês, dando indicativos de projeções positivas das exportações brasileiras de carne de frango para este ano. São receitas importantes frente ao atual custo de produção, que permanece elevado”, analisa o diretor de mercados, Luis Rua.