Isso é o que mostram os Campeões de produtividade da safra 2024/25, com manejo sustentável do solo, tecnologia adequada e acompanhamento técnico profissional
Os cooperados vencedores do 14º Prêmio de Super Produtividade de Soja realizado pela Cocamar Cooperativa Agroindustrial, referente a safra 2024/25, e do 6º Prêmio Colher Mais, organizado pela empresa Timac Agro em parceria com a cooperativa, revelam que com manejo sustentável do solo, uso de tecnologia adequada e um acompanhamento técnico profissional, é possível ir muito além das médias regionais.
GANHADORES – Os nomes dos ganhadores foram conhecidos no dia 13/8 durante solenidade na Associação Cocamar em Maringá, sendo que o Prêmio de Super Produtividade promovido pela cooperativa foi conquistado por quatro produtores e os respectivos engenheiros agrônomos da Cocamar que lhes prestaram assistência técnica.
FÓRUM – No evento aconteceu também o Fórum Regional do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), oportunidade em que foram discutidos parâmetros agronômicos e boas práticas para o alcance de altas produtividades. O Cesb promove todos os anos o Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja. Os vencedores são:
• SILVIO VOLPATO e seu filho ALISSON VOLPATO, de Arapongas (PR), que foram acompanhados por FELIPE RAFAEL SEMBARSKI, na categoria Acima de 550 metros de altitude, com 226 SACAS POR ALQUEIRE, 5.603 quilos na medida por hectare;
• HUMBERTO BORTOLO, de Nova Andradina (MS), sob a orientação técnica de EDILSON BETIOLI, na categoria Abaixo de 550 metros, com 217 SACAS POR ALQUEIRE, correspondente a 5.380 quilos por hectare;
• JOSÉ ROGÉRIO VOLPATO, na categoria Arenito, com propriedade em Ourizona (PR) e orientação técnica do engenheiro agrônomo JOSÉ EDUARDO MARCON, do GRUPO MAIS, com a média de 196 SACAS POR ALQUEIRE (4.870,5 quilos/hectare);
• JOSÉ ROBERTO BRUMATTI, de Paraíso do Norte (PR), assistido por LUCAS STAGLIANON OLIVER, com a média de 184 SACAS POR ALQUEIRE, o equivalente a 4.565 quilos por hectare.
VIAGEM – Além de troféus, os campeões ganharam uma viagem aos Estados Unidos, cujo roteiro inclui visitas a propriedades de produtores de referência, empresas, cooperativas, instituições e à Farm Progress Show, uma das maiores feiras tecnológicas do agro em todo o mundo.
NÚMEROS – Conforme explicou o gerente técnico de culturas anuais da cooperativa, engenheiro agrônomo Rodrigo Sakurada, 291 áreas de produtores cooperados participaram do prêmio, 28 a mais que na edição do ano passado, das quais 77 auditadas pela Unicampo, com média geral de 188 sacas por alqueire. Do total, 19 alcançaram médias acima de 200 sacas por alqueire, mesmo sendo um ano marcado por adversidades climáticas.
APLICAÇÃO – “Em 14 anos de realização do prêmio, foram acrescidas 52 sacas por alqueire em comparação à média Brasil”. No período 2012/13, apenas um produtor havia alcançado mais de 200 sacas por alqueire. Ainda segundo Sakurada, o propósito do Prêmio de Super Produtividade de Soja é aplicar as tecnologias, replicar os resultados e incentivar técnicos e produtores.
COLHER MAIS – Já os ganhadores do Prêmio Colher Mais 2024/25, foram:
• SILVIO VOLPATO e seu filho ALISSON VOLPATO, de Arapongas (PR), assistidos pelo engenheiro agrônomo FELIPE RAFAEL SEMBARSKI, da Cocamar, na categoria Acima de 550 metros de altitude, com a média de 214,5 SACAS POR ALQUEIRE;
• WELLINGTON NIYAMA, de Apucarana (PR), atendido pelo engenheiro agrônomo CRISTIAN FERREIRA VILAS BOAS, da Cocamar, também na categoria Acima de 550 metros, com um ROI (retorno sobre o investimento) de 6,3 sacas por saca investida;
• HUMBERTO DA SILVA BORTOLO, de Nova Andradina (MS), com a orientação técnica do engenheiro agrônomo EDILSON BETIOLI, da Cocamar, na categoria Abaixo de 550 metros de altitude, com um ROI de 13 sacas por saca investida;
• RODRIGO JOSÉ SEIBT, de Água Boa (MT), que recebeu assistência técnica da engenheira agrônoma BRUNA CRISTINO, da Cocamar, na categoria Abaixo de 550 metros, com a média de 225,6 sacas por alqueire, o correspondente a 93,2 sacas por hectare.
PRÊMIO – Os vencedores receberam troféus e, como parte da premiação, viajam em 2026 como convidados para conhecer o Centro Mundial de Inovação da Timac Agro na França. Conforme explicou o engenheiro agrônomo Rafael Verri Tavore, da Timac Agro, o Prêmio Colher Mais é promovido já pelo 10º ano no Brasil, com 9.217 áreas acompanhadas desde a safra 2015/16.
RESULTADOS – Nesse período, enquanto a média Conab foi de 142,5 sacas por alqueire, o padrão Fazenda (os produtores participantes são diferenciados no uso de tecnologia) alcançou 153,7 sacas e a média Timac Agro atingiu 166,5 sacas. No mesmo período, o investimento adicional foi de 6,1 sacas por alqueire, o que assegurou um incremento de produtividade de 12,8 sacas e um lucro líquido de 6,7 sacas.
MÉDIA – Quanto ao 6º Prêmio Colher Mais, realizado em parceria com a Cocamar, houve 177 inscrições, das quais 57 colhidas e auditadas pela cooperativa Unicampo, considerando-se 53 válidas. No mesmo ciclo 2024/25, a média geral da Cocamar foi de 117 sacas por alqueire, o padrão Fazenda chegou a 151,8, e a média no Prêmio Colher Mais alcançou 162,9 sacas. Por fim, o investimento adicional dos produtores foi de 5,3 sacas, com incremento de 11,1 sacas de produtividade e um lucro líquido de 5,8 sacas.
Transferência de tecnologias
Ao abrir o evento, o presidente executivo Divanir Higino reforçou o compromisso da Cocamar em promover mais rentabilidade aos cooperados em seus negócios, lembrando que quando se começou a falar em incentivar o produtor a atingir 100 sacas por hectare, parecia algo muito distante, mas que foi sendo alcançado com o passar dos anos. Ele destacou o permanente trabalho da cooperativa em promover a transferência de conhecimentos e tecnologias, além de, entre vários outros itens, oferecer produtos como sua linha de fertilizantes Viridian, utilizada pelos campeões.
OPORTUNIDADE – A diretora comercial da Timac Agro, Paulo Sasso, agradeceu a Cocamar pela confiança na empresa, que enxergou na realização do Prêmio de Super Produtividade de Soja da cooperativa a oportunidade de juntar esforços e conhecimentos em benefício dos produtores.
AUMENTO – Por sua vez, ao finalizar a programação, o presidente do Conselho de Administração da Cocamar, Luiz Lourenço, ressaltou que a única maneira de o produtor sobreviver em seu negócio é pelo aumento da produtividade, citando que enquanto nas regiões da cooperativa a média da última safra – afetada em parte por problemas climáticos – foi de 117 sacas por alqueire, no Paraná a média fechou em 148 sacas. Mas, em Água Boa (MT), onde a cooperativa inaugurou uma unidade neste ano, os produtores obtiveram a média geral de 160 sacas. Ele comentou sobre a dificuldade de convencer os produtores e investirem em tecnologias mais atualizadas, considerando preocupante o fato de muitos deles sequer darem a devida atenção ao manejo de solos.
Produzir bem, ser sustentável e ter rentabilidade
O palestrante do evento, o reconhecido pesquisador da Embrapa Soja, Décio Luiz Gazzoni, afirmou: “Não basta produzir, é preciso ser sustentável”. No entanto, nada disso vai adiantar se o produtor não tiver rentabilidade. Na condição de um dos fundadores do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), ele comentou que a tecnologia não custa caro, diferente do que afirmam alguns produtores. E citou que o campeão nacional do Cesb deste ano, obteve um retorno de R$ 2,80 para cada R$ 1,00 investido. No Paraná, a média de retorno foi de R$ 1,50.
NÚMEROS – Em relação à sustentabilidade, o campeão apresentou uma produtividade 18% maior que a média de sua região, teve um consumo de fertilizantes 70% menor também que a média regional, e um consumo de água 31% inferior quando na comparação com a média.
TECNOLOGIAS – Quanto às recomendações para os produtores evoluírem em suas atividades, ele chamou atenção para o manejo de solo, com plantio direto, plantas melhoradoras do solo, rotação de culturas; sementes com bom vigor; plantabilidade, Zarc, cultivar, espaçamento, densidade e profundidade; fertilidade, a partir de amostragem de solo, adubação correta, inoculação e co-inoculação; controle adequado de plantas daninhas; manejo de pragas, cultivares resistentes, controle biológico; manejo de doenças, cultivares resistentes e uso de bioinsumos; proteção de abelhas e polinização; por fim, uma boa regulagem de máquinas (semeadora, pulverizador e colhedora). “Atender rigorosamente o que preconiza a assistência técnica e, em especial, fazer tudo com o máximo capricho”, completou.








