Na área, a produtividade de carne é de 28 arrobas/ha/ano contra 3 arrobas da média nacional e a produção de soja de 140 sc/alq, para uma média regional de 95 sacas
Reunindo cerca de 230 participantes, entre produtores locais, de outras regiões do Paraná e até de estados vizinhos, além de técnicos e estudantes, a Cocamar promoveu dia 26/11, na sua Unidade de Difusão de Tecnologias (UDT) em Iporã, no noroeste paranaense, o tradicional Dia de Campo sobre Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).
ABERTURA – Realizado em parceria com a Sia Brasil e apoiado pela Rede ILPF e as empresas Corteva e Yara, o evento foi aberto pelo presidente do Conselho de Administração da Cocamar, Luiz Lourenço, que também preside a assembleia da Rede ILPF, entidade de âmbito nacional que visa fomentar esse sistema de integração no país.
GERAR RIQUEZAS – Segundo Lourenço, a ILPF é uma forma de geração de riquezas para a região ao fomentar a sinergia entre agricultura e pecuária. O agricultor que investe em braquiária, por exemplo, com o objetivo de ter cobertura de solo com palha na cultura de verão, pode incluir bois no sistema, pois terá alimento de qualidade para o gado no inverno. Da mesma forma, o pecuarista pode melhorar suas pastagens fazendo agricultura de grãos. “Outro aspecto muito importante é a proteção que os sistemas integrados trazem para o solo, com a cobertura de palhada”, destacou.
NÚMEROS – Ele destacou também os números obtidos na própria UDT, onde a ILPF é implementada há quase 20 anos. Em média, a produtividade de carne é de 28 arrobas por hectare/ano (420 quilos), enquanto a média nacional não passa de ínfimas 3 arrobas por hectare/ano (45 quilos). Já a produção de soja na UDT, na safra 2024/25, foi de 140 sacas por alqueire paulista (57,8 sacas/hectare), para uma média regional de 95 sacas (39,2 sacas/hectare).
BOM DESEMPENHO – Lourenço citou o desempenho da lavoura de soja, também no último ciclo, de outros dois produtores cooperados que investem em integração, sendo um de Iporã e outro de Maria Helena, município próximo. O primeiro obteve a média de 130 sacas por alqueire (53,7/hectare) e o segundo 166 sacas (68,5/hectare). Considerando que o solo da região é de consistência arenosa, esses números chamam atenção.
DIVERSIFICAR – “No momento em que as cotações da soja estão sendo bastante pressionadas pelo excesso de oferta, a integração se torna ainda mais interessante, pois ela ajuda a diversificar as fontes de renda com a pecuária, cujo mercado continua muito promissor”, ressaltou Lourenço.
PALESTRAS – O Dia de Campo incluiu duas palestras em sua programação e foi dividido em três estações com apresentações específicas. A consultora Iara Corrêa, especialista em gestão de fazendas, palestrou sobre Gestão de risco e sustentabilidade – estratégias para a resiliência e competitividade. Por sua vez, Davi Teixeira, diretor da Sia Brasil, abordou o tema Como agir dentro da porteira e não ficar refém do mercado.
ESTAÇÕES – Já nas estações foram debatidos os seguintes temas: Como implementar bem a soja na ILPF, com os engenheiros agrônomos Fernando Ceccato e Eleandro Zanolli, da Cocamar; Uso inteligente de fertilizantes na ILPF – caso do grupo Laginski, a cargo de Anatoly Laginski e Armindo Barth, da Sia Brasil; e Como implementar uma ILPF do zero – caso da Fazenda Carranca, com o proprietário Ricardo Luca.
GESTÃO EM FOCO – “A cada ano são trazidos novos conhecimentos e tecnologias para que os produtores continuem sempre a fazer integração”, comenta o gerente técnico Emerson Nunes, coordenador de ILPF da Cocamar e do Dia de Campo. Ele explicou que nesta edição um dos focos foi a gestão da propriedade, para que o produtor aprimore cada vez mais a forma como vem conduzindo os seus negócios, trazendo sempre resultados e respostas significativas.











