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Pesquisa se une contra o enfezamento do milho

Trabalho cooperativo receberá investimento de R$ 3,8 milhões

Representantes de entidades que se dedicam à pesquisa agropecuária estarão reunidos em Londrina para formalizar uma cooperação com o objetivo de realizar estudos sobre o complexo do enfezamento do milho. O encontro será realizado nesta quarta (26) e quinta-feira (27), na sede do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater), a partir das 9 horas.

“É uma questão sanitária que vem ganhando muita importância. Nas últimas safras, verificou-se que a doença causou até 40% de perdas em algumas lavouras do Noroeste e Oeste do Paraná”, explica Ivan Bordin, pesquisador do IDR-Paraná.

A cooperação envolve doze projetos de pesquisa, abrangendo a avaliação — no campo e em ambiente controlado — da tolerância de cultivares de milho disponíveis no mercado, o monitoramento de populações de cigarrinha-do-milho e, ainda, o seu controle com inseticidas sintéticos e biológicos.

Além do IDR-Paraná, estão envolvidas na iniciativa a Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), UEL (Universidade Estadual de Londrina), Uenp (Universidade Estadual do Norte do Paraná), UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste), UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), UniCesumar, Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Cerrados e as cooperativas Coamo, Cocamar, Copacol e Integrada.

A ação envolve um investimento de R$ 3,8 milhões, recurso proveniente da Fundação Araucária, entidade de apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico vinculada à Seti (Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná), do Senar-PR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e da Embrapa.

O PROBLEMA — A doença envolve um inseto, a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), que transmite o vírus da risca e as bactérias fitoplasma e espiroplasma , também conhecidas como molicutes. Por isso, os técnicos a denominam “complexo” do enfezamento.

A cigarrinha se contamina ao sugar a seiva de plantas infectadas e transmite os patógenos quando se alimenta novamente em lavouras sadias.

Ela pode voar em um raio de 30 quilômetros, mas, transportada por correntes de ar, pode alcançar distâncias maiores.

A infecção das plantas ocorre no período que vai da emergência até cerca de 35 dias, embora os sintomas — manchas vermelhas ou amarelas nas bordas das folhas ou em formato de riscas (que revela a presença do

vírus) e pouco desenvolvimento das plantas — se manifestem com a lavoura já em fase de pendoamento e formação de grãos.

O complexo do enfezamento foi primeiramente detectado no Oeste do Paraná há cerca de 20 anos, mas em ocorrências esporádicas e localizadas. A partir de 2017  começaram a aumentar os relatos de sua presença nas lavouras.

Na safra 2019-2020, extensionistas e técnicos da Adapar realizaram coletas de plantas, cigarrinhas e tigueras em diferentes regiões produtoras do Estado, e o IDR-Paraná confirmou a presença do vírus da risca e das bactérias fitoplasma e espiroplasma.

Até o momento, as principais recomendações para lidar com a doença são o uso de cultivares tolerantes e vistorias constantes no período que vai da emergência das plantas até o estágio de oito folhas, com o objetivo de avaliar a presença da cigarrinha e a necessidade de seu controle com inseticidas químicos ou biológicos.

Também se recomenda o uso de sementes tratadas e a semeadura simultânea em uma mesma região para evitar a chamada “ponte verde”, que é a existência de lavouras em diferentes etapas de desenvolvimento e, com isso, oferta de alimentos e estímulo à migração das cigarrinhas e ao reinício do ciclo de contaminação de cultivos.

A eliminação de tigueras, ou plantas guaxas, no terreno é importante para interromper o ciclo da cigarrinha e dos patógenos.

REDE DE PESQUISA — O projeto cooperativo se dá no âmbito da Rede Paranaense da Agropesquisa e Formação Aplicada, criada pela Seab (Secretaria de Agricultura e do Abastecimento) e a Seti com o objetivo de estruturar redes de inteligência e fomentar o trabalho compartilhado de pesquisa agropecuária no Paraná.

Serviço: Formalização de parceria para pesquisas sobre o enfezamento do milho

Data: 26 e 27 de abril, quarta e quinta-feira

Horário: 9 horas

Local: IDR-Paraná, em Londrina (Rodovia Celso Garcia Cid, km 375)

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