A Cocamar Cooperativa Agroindustrial começou na manhã desta segunda-feira (19/12) a fazer a distribuição, aos cooperados, dos cheques referentes à distribuição das sobras do exercício 2022.
Proporcional – No total, estão sendo retornados R$107, 291 milhões aos produtores, proporcionalmente à participação de cada um. Quanto mais, ao longo do ano, eles depositaram suas safras e adquiriram insumos na cooperativa, mais têm a receber.
Ano difícil – Ao fazer um pronunciamento no início do expediente da Unidade de atendimento da Cocamar em Maringá, o presidente executivo Divanir Higino comentou que 2022 foi um ano difícil, com quebra de produtividade nas safras de verão e inverno.
Maior volume – Mesmo assim, graças a um trabalho de gestão, a cooperativa está retornando o maior valor em sobras de sua história, 23% superior, para se ter ideia, ao que foi distribuído no ano passado.
Esperado – “É um dinheiro muito aguardado, que para muitos significa um 13º salário e vai ajudar a saldar um compromisso financeiro, a comprar um presente ou reforçar a ceia do Natal”, pontuou Higino, lembrando que 75% do quadro social de mais de 18 mil integrantes são considerados pequenos, com áreas de até 50 hectares.
Importante – É o caso do cooperado Edson Zotto, que cultiva 21,7 hectares na Gleba Pinguim, em Maringá. Ele estava entre os que foram buscar o seu cheque logo no início da distribuição. “É um recurso muito importante para nós”, comentou, lembrando ser proprietário de 4,8 hectares e pagar renda do restante das terras para parentes.
Orgulho – Mesmo com uma área tão reduzida, onde planta soja e milho, Zotto contou que conseguiu formar dois filhos e a esposa. “Tenho orgulho de ter trabalhado por minha família”, disse. Quanto ao recurso que acabou de receber, os planos são “dar uma ajudazinha para os filhos e netos”.
Reinvestir – Por sua vez, João Roberto Enz, produtor de Paiçandu, município vizinho a Maringá, onde cultiva soja e milho em 154 hectares, o dinheiro vai ser investido, em parte, na própria atividade: “Ficamos satisfeitos, é um valor que nos ajuda muito”.
Pulverização – Do total de R$ 107 milhões, Maringá responde pela maior parcela, R$ 8 milhões, enquanto Paiçandu, cidade de 41 mil habitantes, recebe R$ 989 mil. “Há uma pulverização de recursos que beneficia toda a economia regional, algo que só o cooperativismo é capaz de fazer”, salientou o presidente executivo Divanir Higino.
Londrina e Cambé – Depois de Maringá, Londrina é a cidade com a segunda maior distribuição, cerca de R$ 7,5 milhões, seguida de Cambé, com R$ 5,6 milhões.
Pequenas cidades – Fácil imaginar o impacto que uma injeção de recursos assim promove na economia, principalmente em pequenas cidades. Em São Jorge do Ivaí, de 5,3 mil habitantes, os cooperados têm direito a R$ 2,5 milhões e, em Ivatuba, com 3,2 mil moradores, os cooperados vão embolsar R$ 891 mil.
Chegando – No município de Astorga, de 25 mil habitantes, onde a Cocamar recentemente incorporou a cooperativa Coanorp, os produtores vão receber R$ 2 milhões.
Reflexos – O impacto financeiro se reflete mesmo em cidades que não contam com unidades da cooperativa, caso de Cornélio Procópio, com R$ 1,6 milhão, e Marialva, cerca de R$ 500 mil.
Geral – Ao todo, os cheques estão sendo entregues aos cooperados em 112 unidades de atendimento, nos Estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.