Nos dez mil hectares de campos de sementes que a Cocamar mantém na região norte do Paraná, a expectativa é de uma safra normal. A boa situação das lavouras foi constatada na terça-feira (2/2) durante visita do Rally Cocamar de Produtividade ao município de Nova Fátima, vizinho a São Sebastião da Amoreira, onde a cooperativa possui desde 2018 a sua Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS).
Problema – A informação vem num momento em que a produção de sementes de soja no Sul do país deve ser bastante prejudicada pelo déficit hídrico que, nos últimos meses, tem prejudicado o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além do Paraná. Um problema a mais para os produtores, que já enfrentam escassez de vários insumos, em função da pandemia, e também forte elevação dos custos.
Normalidade – Segundo o gerente da UBS, engenheiro agrônomo Diogo Amaral, o quadro é de normalidade de produção nos campos conduzidos pela cooperativa. Desse total, 70% das sementes são produzidas por cooperados e 30% por parceiros. “Vamos ter quantidade suficiente para atender a demanda dos nossos cooperados, que podem ficar tranquilos”, disse.
Produtividade – Entre os cooperados, a família Gulhão, em Nova Fátima, é a principal produtora de sementes para a cooperativa, com uma área de 410 alqueires (992,2 hectares). Segundo Paulo, que trabalha ao lado do pai e dos irmãos Renato e Leandro, a previsão é manter a média dos últimos anos, entre 150 e 160 sacas por alqueire (62 a 66/hectare). “Nós trabalhamos sempre pensando em produtividade e nunca deixamos de fazer seguro”, afirma Paulo, mencionando que são utilizadas as melhores tecnologias, investindo-se na correção do solo mediante análise periódica, nutrição de raízes e folhas e aplicação de fungicidas nos momentos certos. A produção de sementes representa um ganho adicional de 10% em média para os agricultores.
Não faltou umidade – Ainda em Nova Fátima, o Rally visitou o cooperado Luiz Vanderlei Galonetti, que cultiva 242 hectares, mas não é produtor de sementes. A exemplo dos Gulhão, sua estimativa é de uma produtividade dentro da média dos últimos anos. Luiz afirmou, no entanto, que ainda é preciso chover mais um pouco para consolidar a safra. “As chuvas deste ano ficaram abaixo da média histórica, mas felizmente não faltou umidade”, citou o produtor, torcendo para que o tempo continue favorável. Como no inverno ele cultiva trigo, a cultura de verão é beneficiada pela palhada e, de acordo com o agrônomo Thiago Janning, da unidade local da Cocamar, essa cobertura retém umidade por mais tempo, beneficiando o desenvolvimento das plantas.
Sobre o Rally – O Rally Cocamar de Produtividade, em sua sétima edição consecutiva, conta com o patrocínio das seguintes empresas: Basf, Fairfax do Brasil – Seguros Corporativos, Fertilizantes Viridian, Zacarias Chevrolet e Sicredi União PR/SP (principais), Cocamar Máquinas, Lubrificantes Texaco, Estratégia Ambiental e Irrigação Cocamar (institucionais), com apoio da Aprosoja/PR, Cesb e Unicampo.