Na região de Apucarana, assim como em muitos outros municípios da região norte do estado, grande parte das lavouras de soja ainda se encontra em fase de granação e, segundo o gerente técnico Rafael Furlanetto, da Cocamar, elas precisam de cuidados em relação a algumas doenças, principalmente quanto à ferrugem asiática.
Na quinta-feira (23/2), o Rally Cocamar de Produtividade passou por Apucarana e constatou que, de uma forma geral, a enfermidade pode ser constatada facilmente.
A ferrugem, explica Furlanetto, tem um ciclo muito rápido: entre sete e dez dias a doença é capaz de causar uma desfolha muito grande e, no atual período chuvoso, o agricultor não consegue manter as aplicações em dia.
Por isso, orienta, assim que o tempo permitir a entrada de máquinas, o produtor deve reduzir o intervalo de aplicações e aumentar o número de misturas, ou seja, colocar mais produtos com outras moléculas para controlar a ferrugem que está presente na lavoura e ganhar um pouco mais de tempo para terminar a granação.
“A ferrugem já se alastrou por toda a região onde a Cocamar atua (norte e noroeste do Paraná), basta olhar no baixeiro ou no terço médio das plantas para encontrar um grande número de pústulas de ferrugem e isto precisa ser curado”, alerta.
Furlanetto comenta que se o produtor não conseguir entrar com trator, a cooperativa possui drones que fazem a aplicação com solo úmido, ou ele deve recorrer à aviação agrícola. “É preciso proteger, pelo menos, o terço superior da planta, para que ela mantenha as folhas e faça o enchimento de grãos”, diz.
O gerente explica que o principal dano causado pela ferrugem é justamente a desfolha, fator que vai impossibilitar o fluxo de nutrientes para os grãos, que ficarão miúdos, afetando diretamente a produtividade.