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Um casal que faz história na agricultura

A família Suguiura, de Apucarana (PR), faz sua história na agricultura de forma exemplar e, neste 28 de julho, Dia do Agricultor, é lembrada como uma referência. O casal Tiezo e Keiko, de 75 e 71 anos, pais de um casal de filhos e avós de vários netos, se destaca todos os anos por suas altas médias de produtividade na cultura da soja e, agora também, do milho de inverno. Eles cultivam 250 alqueires (605 hectares) e têm na Cocamar o seu porto seguro.

Paixão pela terra

“A gente ama o que faz”, conta dona Keiko. Até há poucos anos, embora sem precisar fazer isso, ela não hesitava em pegar a enxada e ir para a roça, carpir as ervas no meio da lavoura. “Gosto de ver tudo bem arrumado”, afirma. Não há divisão de tarefas entre ela e o marido, que se interessam em conhecer tecnologias de ponta, conversando com técnicos da cooperativa. “Tudo o que há de novo, a gente experimenta, queremos explorar todo o potencial da lavoura.”

Origem

Tiezo é filho de uma família de cafeicultores que, em 1975, padeceu com a geada negra. “Desde criança essa é a minha vida, a agricultura”. Casado desde 1978 com dona Keiko, os Suguiura foram conquistando seu patrimônio à custa de muito trabalho. “Lidar com plantas é igual a lidar com filhos”, afirma a esposa: precisa de cuidados, carinho.

Produtividade

Seu Tiezo e dona Keiko trabalham com mentalidade empresarial e, segundo o engenheiro agrônomo Gustavo Emori, da unidade local da Cocamar, que presta assistência técnica ao casal, eles são exemplos do que a tecnologia é capaz de fazer. Seguem à risca as recomendações técnicas, investem no que há de melhor em produtos, maquinários e, ao final da safra, se destacam com as melhores médias. Nesta safra de milho de inverno, por exemplo. Em pelo menos 70% de suas lavouras, a média deve ser próxima de 300 sacas por alqueire (123,9/hectare), o que se deve a uma conjunção de fatores, como o plantio na época certa e o uso de híbridos altamente produtivos. Quando as geadas chegaram, a maior parte da lavoura estava a salvo. “Eles fazem de tudo para não depender da sorte”, resume Emori, ressaltando os cuidados com o solo, que é corrigido todos os anos.

Mais rentabilidade

O casal achava que não conseguiria produzir milho de qualidade no inverno. No entanto, convencidos pelo engenheiro agrônomo José Henrique Seko, da Cocamar, que trabalhava em Apucarana e foi transferido para Ibiporã, eles começaram devagar, colheram a primeira safra em 2020, gostaram do resultado e ampliaram neste ano.

Incentivo

“A Cocamar está sempre nos incentivando”, conta dona Keiko. Com humildade, ela reconhece: “mesmo com mais de 50 anos trabalhando na agricultura, sempre temos muita coisa para aprender”.

No campo

“Quando a gente vê que está conseguindo evoluir, fica animado, não pensa em parar”, diz dona Keiko. Para ela, morar na propriedade é fundamental, “a gente está olhando todo dia, cuidando, não tem sábado nem domingo”.

A cooperativa

A Cocamar, para eles, é o lugar onde fazem boas amizades, têm confiança e se sentem seguros. “A cooperativa tem nos ajudado muito”, finaliza seu Tiezo.

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