Um evento técnico sobre o controle de ervas daninhas, com a participação presencial de 250 pessoas, entre profissionais da área técnica da Cocamar, das cooperativas Unicampo e Coanorp e também de empresas parceiras, foi promovido na terça-feira (24/5), das 9 às 16h30, na Unidade de Difusão de Tecnologias (UDT) da cooperativa em Floresta, região de Maringá.
Retomada – Ao fazer a abertura, o gerente executivo técnico, Renato Watanabe, destacou ser o primeiro encontro presencial após a flexibilização das restrições com a pandemia do novo coronavírus, devido aos números reduzidos nos últimos meses e também o avanço da vacinação, o que têm possibilitado realizações assim.
Próximos – Segundo Watanabe, em função do cancelamento do Safratec em Janeiro, está sendo agendada uma série de eventos técnicos ao longo do ano, na UDT, para interação com cooperados formadores de opinião, equipe técnica e empresas fornecedoras.
Digital – O primeiro deles voltado à agricultura digital (nesta sexta-feira, 27/5) e outro sobre insumos biológicos (14 e 15/6); o terceiro, a respeito de manejo de solos, em parceria com a Embrapa (28/6); está programado, ainda, um treinamento à distância com o tema Desvendando os fungicidas, com quatro módulos apresentados pela especialista Carolina Deuner, sempre às sextas-feiras, começando dia 3/6, “A pandemia fez com que adotássemos a capacitação por meio digital, mas reunir o pessoal é sempre bom”, afirmou.
Ervas daninhas – Na sequência, o professor Leandro Paiola, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), proferiu uma palestra sobre Alternativas para o controle de ervas daninhas. Segundo ele, a matocompetição pode interferir negativamente no crescimento e desenvolvimento da soja e outras culturas, causando perdas significativas na produtividade. As plantas daninhas competem por água, nutrientes do solo e radiação solar com as plantas cultivadas, utilizando os recursos disponíveis para a soja.
Resistência – Paiola comentou que um dos fatores mais preocupantes no manejo de plantas daninhas é o da resistência. A constante utilização de herbicidas de mesmo mecanismo de ação aumenta a pressão de seleção das plantas daninhas, selecionando genótipos resistentes. Essas plantas resistentes que “escapam” do controle caso consigam alcançar a maturidade fisiológica, disseminam suas sementes dando origem a novas populações de plantas daninhas resistentes.
Buva – O professor destacou que atualmente, em nível nacional, são observados mais de 50 casos de resistência de plantas daninhas, chamando atenção para o caso da buva (Conyza spp.), que atualmente apresenta resistência a diversos herbicidas, sendo um deles o glifosato, muito utilizado nos cultivos com a tecnologia RR para o controle de plantas daninhas.
Grupos – Completando a programação, os participantes foram divididos em grupos para uma visita aos estandes das empresas parceiras, distribuídos pela UDT, onde conheceram suas tecnologias e a linha de produtos.
Elogios – Cooperados participantes, elogiaram o evento. Para Tiago Peres, de Terra Boa, “foi uma palestra muito esclarecedora com um convidado bem preparado, gostei de toda a programação”. Já Rogério Volpato, de Ourizona, destacou que a volta dos eventos técnicos e das palestras presenciais possibilita também aproveitar a oportunidade para trocar ideias com outros produtores, incluindo o próprio palestrante, “tornando o dia ainda mais produtivo”.
Assertividade – “Foi uma excelente oportunidade para todo departamento técnico da Cocamar saber o que há de melhor em cada empresa parceira, e também em termos de recomendação e manejo, para uma orientação mais efetiva aos cooperados”, afirmou o representante técnico de vendas da Basf, Rafael Franciscatti. Segundo ele, a orientação é essencial para que se tenha efetividade no controle de pragas como a buva e o capim-amargoso. “O evento, em resumo, serviu para expor as ferramentas e alinhar as recomendações para levar o que há de melhor aos cooperados”, completou.
Produtivo – Para Ubiratan Polonio, da empresa UPL, foi um evento muito produtivo e de qualidade, “a organização foi feliz na escolha do palestrante e durante as apresentações aos grupos, cada empresa teve 20 minutos cronometrados. Um pessoal muito interessado em informações”.