Em sua propriedade no município de Ivatuba, região de Maringá, a família Celestino já semeou 30% da área prevista com soja e, não fosse pelas chuvas de quinta-feira (6/10), teria avançado mais. Por enquanto, segundo a produtora Tânia Celestino, “ainda está dentro do prazo, mas a previsão de mais chuvas para os próximos dias, preocupa”.
“O plantio não está deslanchando”, lamenta o produtor José Carlos Marques Ruiz, de Maringá. Até quinta-feira, ele havia completado 25% do total, percentual que, a exemplo dos Celestino, seria maior se não tivesse chovido. Quando o tempo favorece, a semeadura avança rapidamente.
Também de Maringá, o produtor Cleber Veroneze informa ter semeado 25% do previsto; sem as interrupções, ele já estaria em 50% ou em até 60%. “O que preocupa, também, é a ocorrência de noites geladas nesta época do ano”, comenta Veroneze, citando que isto acaba prejudicando o vigor das sementes e a sua germinação, além de favorecer o surgimento de doenças do solo.
Em síntese, a sequência de precipitações com intervalos de curta duração, a partir de meados de setembro, tem atrapalhado a arrancada da safra 2022/23 nas regiões da Cocamar Cooperativa Agroindustrial, no Paraná. Para os produtores que costumam semear mais cedo, pensando em antecipar, também, a safra de milho de inverno, a janela vai ficando apertada.
Após as chuvas de quinta-feira, que registraram volumes expressivos, o solo somente estará apto a receber as plantadeiras após, pelo menos, três dias de sol. Porém, a expectativa é de mais chuvas, praticamente todos os dias, entre 10 a 15 de outubro. No município de Nova Fátima, norte do Estado, os pluviômetros marcaram 58mm; na vizinha São Sebastião da Amoreira, 80mm, enquanto Londrina registrou 32mm e Apucarana 45mm.