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Citricultura tem programa de fomento no paraná

A produção de laranja nas regiões norte e noroeste do Paraná deve ganhar um impulso nos próximos anos com o fomento ao plantio de novos pomares e a renovação do parque citrícola.

Rentável – Para isso, aproximadamente 300 convidados, entre produtores, técnicos e representantes da Cocamar Cooperativa Agroindustrial, da Louis Dreyfus Company (LDC) e outros parceiros, participaram na tarde de terça-feira (4/10) em Paranavaí (PR), na Associação da LDC, do lançamento da campanha “Citricultura, Negócio Rentável”.

Ampliar – A área plantada compreende atualmente cerca de quatro mil hectares e o objetivo é ampliá-la em pelo menos três mil hectares. 

Oportunidade – Ao fazer a abertura, o vice-presidente de Negócios da Cocamar, José Cicero Aderaldo, destacou a necessidade de os produtores renovarem seus pomares para a manutenção do potencial produtivo, lembrando que “a citricultura tem se mostrado um negócio interessante, sendo também uma oportunidade para a expansão das áreas plantadas”.

Confiança – O diretor da linha de negócios de Sucos da LDC, Juan Jose Blanchard, disse que a companhia acredita no potencial de produção do Paraná, onde os pomares apresentam uma excelente produtividade.

Favorável – Blanchard citou também que o momento é favorável, “o mercado internacional de sucos volta suas atenções para o Brasil, principal fornecedor mundial”. Isso porque a produção da Flórida, nos EUA, segundo maior produtor, e do México, apresentam forte redução.

Em queda – Com o avanço do greening na Flórida, que já chegou a produzir 250 milhões de caixas de 40,8 quilos, a expectativa para o período 2022/23 é de apenas 40 milhões de caixas, aproximadamente.

Linhas de crédito – Em seguida, o gerente geral da agência Agro Maringá do Banco do Brasil, César Roberto Zandonadi, discorreu sobre as linhas de crédito oferecidas pela instituição.

Palestras – A programação constou de palestras com a gestora do grupo paulista Junqueira Rodas, que abordou o tema Sete passos para a organização da empresa familiar na citricultura; com o pesquisador Eduardo Augusto Girardi, da Embrapa, sobre variedades de copa e porta-enxerto promissores; e com Alaíde Carina Ayres, sócia-diretora da empresa produtora de mudas, Citrosol.

Produtos – Por sua vez, produtoras ligadas à Coopsoli (Cooperativa de Produtores do Mercado Solidário) ofereceram produtos, em uma pequena feira, como mel, geleias e artigos de crochê, entre outros itens. 

Primeiro convênio – Durante o evento, o produtor Vânio Pasquali, de Paranavaí, assinou o primeiro convênio de financiamento para a expansão de seus pomares.

Vale a pena – Pasquali informou que vai plantar 75 mil pés na propriedade onde já conta com 270 mil plantas em diferentes fases. “A citricultura é um excelente negócio, vale a pena acreditar nessa atividade”, comentou.

Consolidada – Ele conduz o negócio ao lado dos filhos Rogério e Rafael e disse que a produção de laranja está consolidada na região, sendo o seu principal negócio.

Diversificação – Outros produtores participantes informaram como pretendem investir na atividade. Luiz Paulo Lorenzetti, por exemplo, de família tradicional na atividade e com propriedade bastante diversificada em Mirador, onde mantém pomares, pecuária intensa e produção de grãos, colhe em média de mil caixas de laranja por hectare.

Porto seguro – São 265 hectares de pomares e Lorenzetti pretende iniciar a renovação em 50 hectares. “A citricultura proporciona equilíbrio financeiro, é um porto seguro”, comentou.

Resultado bom – Já Eduardo Zacarias, de Santa Fé, conta com 40 hectares de pomares e disse que pretende plantar mais 20. Nos primeiros três anos, nas entrelinhas do pomar, ele cultiva soja, o que garante uma renda extra. “Estamos ampliando o pomar porque o resultado tem sido bom para os produtores”, disse.

Mais uma opção – O produtor Luiz Takumi Shigueoka se deslocou de Assaí, no norte do Estado, para participar do evento. Em maio do ano passado ele, que lida com café e soja, começou a investir na produção de laranja e no início de 2022 ampliou o pomar.

Viabiliza – Segundo Shigueoka, “é uma atividade muito interessante para produtores de todos os tamanhos e que ajuda a viabilizar a pequena propriedade”.

Parceria – Ao final do encontro, o superintendente de Relação com o Cooperado, Leandro Cezar Teixeira, da Cocamar, reforçou a importância do trabalho desenvolvido em parceria pela cooperativa e a LDC e que tem trazido bons resultados aos produtores. 

O evento foi organizado pela área de culturas perenes da Cocamar, sob a supervisão da engenheira agrônoma Amanda Caroline Zito, e a equipe da LDC.

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