Com a colheita de milho caminhando para o seu encerramento nas regiões atendidas pela Cocamar, a média de produtividade tem ficado em 1.432 quilos por hectare (o equivalente a 25 sacas, ou 58/alqueire), bem abaixo em comparação a anos em que as lavouras passam pelo período de inverno sem grandes problemas. Em situações mais favoráveis, o histórico aponta para a média de 83 sacas/hectare ou 200/alqueire, mas muitos produtores vão além de 100 sacas/hectare.
Além do atraso no plantio, a sequência de estiagem e geadas resultou numa redução de 73% em relação ao potencial produtivo estimado, que era de 5.316 quilos/hectare (88,6 sacas ou 215 na equivalência em alqueire). Mesmo com as adversidades, a qualidade do milho tem ficado dentro do padrão, segundo a cooperativa. “Foi uma safra muito difícil, agora é se preparar para a próxima, caprichar no plantio de soja para recuperar a perda”, comenta o gerente técnico Rafael Furlanetto.
Quanto ao trigo, a maior parte das lavouras está em fase de maturação e pré-colheita. Ainda começando, a colheita deve seguir até meados de outubro com a expectativa de uma produtividade de 2.237 quilos por hectare – 37,3 sacas (correspondente a 90 por alqueire), “um resultado razoável para um ano tão complicado”, avalia Furlanetto. Segundo ele, o trigo sofreu um pouco com a recente estiagem e, de forma localizada, com as geadas.
Quanto à soja, cujo plantio está liberado na janela de 13 de setembro a 31 de dezembro, a orientação do gerente técnico é “não sair plantando às pressas, sem as condições ideais. É importante caprichar, adotando o manejo recomendado pela equipe técnica da cooperativa, preparando a planta para possíveis adversidades climáticas”.