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Apesar do greening, produtor de Nova Esperança cresce com a citricultura

Em Nova Esperança (PR), o produtor Claudinei Longhin tem a citricultura como a sua principal atividade, na qual ele começou a investir em 2003. São 250 mil pés atualmente, com árvores em diferentes idades. Na semana passada, o Rally Cocamar de Produtividade foi conferir.

Claudinei planta pomares de laranja todos os anos, inclusive em terras arrendadas, e quem visita as áreas avista soja e mandioca cultivadas em faixas intercalares nos primeiros anos, onde também há capim braquiária. “A soja e a mandioca entram no sistema para aliviar os custos do arrendamento”, explica.

Na média geral, considerando os pomares antigos e novos, são colhidas 800 caixas de laranja por hectare/ano, quantidade que sobe para 1.300 caixas levando em conta apenas as árvores mais jovens, que representam cerca de 40% do total e têm naturalmente um potencial produtivo maior.

No entanto, a incidência do greening, uma doença sem tratamento, vem tirando o sono do produtor, como também de seus colegas no estado e no país. Causada por uma bactéria e transmitida pelo inseto psilídeo, a enfermidade compromete seriamente os pomares, causando a morte da planta em poucos anos.

Especialistas estimam que cerca de 30% dos pomares paranaenses já estão infectados, o que fez com que muitos produtores deixassem a atividade nos últimos anos devido aos altos custos com a pulverização que precisa ser constante para o controle do psilídeo e a substituição de plantas doentes.

A situação é bem pior no vizinho estado de São Paulo, onde 50% do parque citrícola estaria comprometido. A produção paulista responde pela liderança mundial disparada do Brasil na oferta de suco de laranja – o país detém 75% de participação. A doença já dizimou a produção da Flórida, região dos Estados Unidos que já foi a segunda maior produtora global.

Apesar do greening, o produtor Claudinei Longhin não deixa de investir na cultura, ampliar pomares e agregar outros negócios para reduzir custos, como é o caso da soja e da mandioca. Com isso, ele mantém seu ritmo de crescimento.

De acordo com a coordenadora de culturas perenes da Cocamar, Amanda Caroline Zito, Claudinei, que é um dos produtores mais tecnificados na região, demonstra ser possível manter a qualidade sanitária dos pomares com pulverizações efetuadas a cada sete dias e que podem ocorrer num intervalo menor, de quatro dias, dependendo da pressão da doença.

“Além de todos os tratos culturais necessários, fazer consórcio de laranja com mandioca e soja é um desafio, são culturas totalmente diferentes. Para um produtor conseguir fazer isso, ele precisa ser altamente tecnificado e contar com uma consultoria especializada para integrar todas as atividades de maneira eficiente”, afirma.

“A gente vem plantando pomares praticamente todos os anos”, afirma o produtor, que ressalta: “o greening é nosso bicho-papão e a formação de um pomar novo, hoje, exige muito mais do que há alguns anos.

Segundo ele, a enfermidade vem se alastrando e isto é constatado pelo volume cada vez maior de psilídeos – os insetos vetores da doença – capturados em armadilhas instaladas nos pomares. “À medida que aumenta a quantidade de psilídeos capturados, cresce, naturalmente, a contaminação de plantas nos pomares”, cita.

Os pomares jovens são mais vulneráveis, comenta o produtor, ao explicar que os antigos, por sua vez, têm uma resistência maior. “Quando uma planta jovem apresenta sintomas, ela não resiste muito tempo e não há outra alternativa a não ser a sua erradicação e o plantio, no lugar, de uma nova planta”.

De qualquer forma, segundo ele, a citricultura continua sendo um negócio interessante, desde que o produtor cuide da atividade com toda a tecnologia possível, siga a orientação técnica especializada e faça as pulverizações no cronograma estabelecido.

O agrônomo Lucas Santander, da Cocamar, que presta assistência a Claudinei, confirma: “Aqueles produtores que investem e cuidam adequadamente dos seus pomares, têm obtido retorno”.

Em sua 9ª edição, o Rally Cocamar de Produtividade conta com os seguintes patrocinadores: Basf, Sicredi Dexis, Fertilizantes Viridian, Nissan Bonsai Motors, Cocamar Máquinas/John Deere, Texaco e Estratégia Ambiental.

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