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De pequeno produtor de leite, a 150 alqueires com grãos, tudo isso em apenas 23 anos

O Brasil continua sendo uma terra de oportunidades para quem trabalha e gosta do que faz. A história do produtor Cláudio Aparecido Alves, 60 anos, do distrito de Maravilha, em Londrina (PR), que foi visitado pelo Rally de Produtividade na terça-feira (7/11), é um desses exemplos que dignificam e mostram a pujança do agronegócio brasileiro.

Em 2000, quando ele parou de trabalhar com leite numa pequena propriedade da família, não havia outra perspectiva no horizonte a não ser lidar com grãos – soja, milho e trigo -, uma atividade com a qual não tinha a menor afinidade e que requer escala e profissionalismo.

Enquanto a população rural foi diminuindo, Cláudio não apenas quis ficar no campo como se determinou a aprender a trabalhar com grãos e, em 2007, já com mais experiência, além de 9 alqueires próprios, arrendou outros 11, área que saltou para 50 em 2012 e se multiplicou por três a seguir, chegando atualmente a 150 alqueires, dos quais 23 próprios. Em suma: ele cresceu arrendando terras, o que é ainda mais desafiador, pois além do custo de produção, há a quantidade fixa de sacas de soja a ser paga aos proprietários.

Assim, no curto período de 23 anos, Cláudio – que é sócio do irmão Valdecir e tem a parceria do filho Vinícius, agrônomo de 28 anos e seu braço direito – não apenas saiu praticamente do zero, deixando de ser um pequeno produtor de leite que já não via futuro no negócio, para se tornar um bem-sucedido produtor de grãos, reconhecido na região por suas boas médias, os cuidados que dedica ao solo argiloso e o nível tecnológico que emprega na lavoura, resultado do constante investimento em maquinários modernos.

“Essa aqui é a verdadeira terra roxa do norte do Paraná”, exultou, satisfeito e com orgulho, dizendo-se feliz também por não ter ido embora para a cidade quando o café, o leite e outras atividades deixaram de ser viáveis, como fizeram tantas outras famílias de agricultores.

Assistidos tecnicamente pelo engenheiro agrônomo Edson Ono, da unidade da Cocamar em Londrina, Cláudio e Vinícius estavam finalizando a semeadura da soja quando da visita do Rally, na expectativa de manter ou superar a média de 140 sacas por alqueire, registrada inclusive no ano seco de 2021, quando o estado perdeu metade da sua safra. De acordo com Vinicius, a terra roxa – no caso deles com cerca de 80% de teor de argila – produz melhor em ano com um nível médio de precipitações.

“Foram aparecendo as oportunidades de arrendar um pedaço aqui, e outro ali, e a gente só foi aumentando as terras”, afirmou Cláudio, dizendo que o objetivo foi sempre trabalhar para colher bem e investir em maquinários para ter produtividade, ressaltando: “a sustentabilidade do nosso negócio está na produtividade”. Cláudio disse ainda que, trabalhando em família, ele e o filho conseguem sobreviver da agricultura. “A gente tem uma amizade e confiança muito grande com os vizinhos e isso é primordial”, acrescentou. Sobre a Cocamar, observa: “é uma cooperativa que ajuda bastante e veio a agregar para os produtores da região de Londrina”.

Segundo Vinícius, o pai sempre lhe deu oportunidades, ouve suas recomendações e ambos decidem juntos quando da aquisição de insumos e no momento de efetuarem a comercialização. “A gente é muito parceiro na parte operacional também, ele permite que eu mostre o que sei e gosto de fazer”, pontuou, mencionando ainda que a família não se importa em deixar um pouco de lado o conforto que desfrutaria, para investir no que fortalece a atividade deles, ou seja, a estrutura de maquinários – e a maioria da marca John Deere. “Uma boa semente e um bom fertilizante são essenciais, mas se não tiver uma boa máquina para trabalhar, não vai adiantar muito”.

Até alguns anos, eles imaginavam que os maquinários John Deere eram para uma camada de produtores mais abastados. Com a Cocamar Máquinas, viram que não era bem assim e conseguiram realizar o objetivo de contar com tratores e uma colheitadeira da marca.

O agrônomo Edson Ono destaca que os Alves são referência na região, entre outras razões, por investir no perfil do solo e fazer a rotação no inverno, de milho e trigo, gerando palhada que recobre a superfície. “A orientação técnica é imprescindível para continuar evoluindo e eles valorizam isso”, citou Edson.

Ricardo Mendes, gerente da unidade, ressaltou que a família é exemplo também pela forma como conduz a sucessão, bem natural e tranquila. “Eles são cooperados que apresentam uma boa movimentação na cooperativa e estão sempre abertos a testar novos produtos e materiais, interessados em incrementar a produtividade”.

A edição 2023/24 do Rally Cocamar de Produtividade conta com o patrocínio da Basf, Fertilizantes Viridian, Sicredi Dexis, Nissan Bonsai Motors, Cocamar Máquinas, Texaco e Estratégia Ambiental, além do apoio da Aprosoja/PR, Unicampo e Cesb.

Sobre o início de safra, Ricardo lembrou que houve bom volume de chuvas em setembro e outubro, o que permitiu avançar bem a semeadura. “A perspectiva é de mais uma boa safra”, completa.

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