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Produtividades altas em solos com baixos teores de argila

Na última safra de soja, do ciclo 2022/23, o produtor Luiz Henrique Pedroni e seu filho Luiz Gustavo, de Cianorte (PR), alcançaram uma média de produtividade de 217 sacas por alqueire no Prêmio de Super Produtividade de Soja promovido pela Cocamar. A marca é respeitável, considerando que eles cultivam solos de transição do latossolo para o arenito, o que é desafiador. O Rally Cocamar de Produtividade esteve lá no dia 5/10.

Numa das áreas com apenas 17 a 20% de teor de argila, ou seja, com menos fertilidade, os Pedroni colhem praticamente o mesmo que em outra com 50 a 60% de teor de argila. “Falando em soja, as médias não são muito diferentes, só umas quatro a cinco sacas a menos. Então eu posso dizer que estamos conseguindo uma produtividade igual, mas não é por acaso”, diz Luiz Henrique. A família investe em um trabalho de manutenção de solo e cobertura, com seis anos de braquiária solteira, seguido de dois de aveia porque faltou sementes de braquiária, e não há do que reclamar.

A média de produtividade, à exceção apenas de 2021, que foi um ano extremamente seco,não tem baixado de 180 a 190 sacas por alqueire. “Se a gente pegar uma terra de areia, que é um custo mais baixo que a terra roxa, e fizer um trabalho bem-feito, dá resultado”, assegura o produtor. Eles fizeram a opção de semear uma cultivar de ciclo longo, no dia 17 de setembro, sem visar o milho de inverno, uma vez que a mesma apresenta maior estabilidade de produção.

“Se tem uma coisa que responde ao investimento é a agricultura”, observa Luiz Henrique, citando que alguns produtores poderiam questionar: mas tem o problema do clima. “Sim, mas você pode se defender, e como é que se defende? Preparando o solo, fazendo a soja buscar umidade mais para baixo, fazendo um perfil de solo, com calagem e adubação corretos e uma cobertura adequada. Você não vai, é claro, resolver o problema do clima, mas vai minimizar por mais tempo esse problema, até vir a chuva”. Fazendo isso, o produtor consegue, por mais tempo, manter uma planta saudável, que vai produzir mais.

Luiz Henrique explica também que eles não fazem tudo igual em todas as suas áreas: “eu procuro a melhor cultivar, a melhor forma de plantio e uma adubação diferente em cada solo. A cultivar é importante? É muito importante, mas você tem que utilizar essa tecnologia em solo adequado, que deve ser preparado para receber isso”. E não se cansa de repetir: a base da produtividade se chama solo e o cuidado com ele, em termos de adubação, calagem e matéria orgânica. “A gente procura fazer o ciclo completo do solo para depois pensar em variedade”, conclui.

O filho dele, Luiz Gustavo, que se formou engenheiro agrônomo em 2017, conta representar a quarta geração de uma família de produtores rurais e, aos 11 anos, já sentindo que esse seria seu futuro, começou a operar o maquinário. “Com 15 anos eu tinha autonomia para pilotar uma colheitadeira sozinho”, lembra.

Segundo ele, a tradição de sua família na agricultura é uma escola, sendo geralmente uma das primeiras da região a introduzir novas tecnologias na lavoura. “Na safra passada (2022/23) tivemos um ótimo resultado que foi demonstrado na produtividade”, comenta.

Atendidos pelo Grupo Mais
de consultoria especializada

Os Pedroni são atendidos pelo Grupo Mais de consultoria agronômica especializada da Cocamar, cujos serviços em Cianorte são prestados pelo engenheiro agrônomo Jancey Rodrigues. “Eles são produtores de referência, que seguem à risca tudo o que a gente passa de planejamento, na questão de correção de solo e adubação, plantio, controle de ervas, pragas e doenças, e estão sempre buscando novas tecnologias. O que eles vêm alcançando em produtividade na comparação com outros produtores que plantam nas mesmas condições deles, os colocam em um patamar superior”, ressalta Jancey, completando: “a agricultura é muito dinâmica e vai evoluindo a cada ano. E quem não busca acompanhar isso, vai perdendo em rentabilidade”.

Cultura antecessora determina
Regulagem da plantadeira

O gerente técnico Rafael Furlanetto, que acompanhou o Rally, cita que são comuns duas realidades de semeadura na região: de um lado, em cima de palhada de milho; e, de outro, sobre palha de braquiária/aveia. “Se for semear em cima da palhada de milho, precisa ajustar a máquina, pois geralmente esse solo é mais compactado que o outro. Em solo com palhada de braquiária/aveia, devido a vários fatores, o condicionamento para a semente é muito mais favorável do que numa área onde foi cultivado milho. Para ter boas produtividades, é preciso uma boa semeadura, pois de nada adianta comprar uma semente com bom vigor e germinação, se no momento de colocá-la no solo isto não for feito com capricho e qualidade. A cultura antecessora vai determinar o ajuste da máquina para ela fazer o melhor serviço”

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